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20 de maio de 2010

Tribunal de Zombas


Deu no Estadão de ontem:

BELO HORIZONTE:
Um estudante da 7.ª série de um colégio particular de Belo Horizonte foi condenado a pagar uma indenização de R$ 8 mil pela prática de bullying (agressões psicológicas e físicas, intencionais e repetidas) contra uma colega de sala.
Em decisão publicada ontem, o juiz Luiz Artur Rocha Hilário, da 27.ª Vara Cível da capital mineira, julgou razoável o valor da indenização por danos morais e considerou comprovada a existência de bullying contra a adolescente G.V.S.G. A defesa dos pais do estudante vai recorrer. Na ação, a aluna do colégio Congregação de Santa Doroteia do Brasil relatou que, com pouca convivência, o colega passou a lhe colocar apelidos e a fazer insinuações, que se tornaram frequentes com o passar do tempo. Os pais da menina alegaram que procuraram a escola, mas não conseguiram resolver a questão.

Era só o que faltava.
Já pensou se a moda pega?
Podemos (eu, você, todo mundo) tentar retroagir e punir nossos antigos algozes.
Eu, de minha parte, vou processar – se estiverem vivos – o Zarolho (Valdenir), o Pança (também conhecido por Beto Batata), o P-Nico (Nicolau, hoje um grande cirurgião), o Avanço (homenagem ao seu famoso c.c.), o Rato e o Mudinho (qual era o nome dele, mesmo?), este último célebre por aplicar perigosas camas-de-gato, das quais todos sobrevivemos – não sem graves seqüelas psicológicas.
Se isso vai resolver o problema do bullying, tenho minhas sérias dúvidas (como se nós pudéssemos isolar e abolir manifestações menos desejáveis do convívio em grupo de crianças e adolescentes que, afinal, precisam desenvolver mecanismos de defesa). Mas não custa preparar os alunos para a chateação do politicamente correto em que elas viverão na idade adulta, não é mesmo?
Sem falar que há uma vasta quantidade de advogados sem ter o que fazer...

(é certo que há bulins – tá na hora de aportuguezar a coisa – graves, e é um problema social dos mais graves, mas aparentemente o caso da moça foi realmente um exagero punir)

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