"Receberás um raio. E esse raio o pegarás em cheio. E será doloroso. Porém, não morrerás! Ficarás deformado, em metade do corpo. E terás que viver mais da metade da sua vida assim: disforme, e com dores".
E ele respondeu:
"Tá bom..."
Deus:
"Como assim, "Tá bom..."?"
Ele:
"Tá bom, ué. É o Senhor quem manda. Não é o Senhor quem manda? Então... tá bom. Fazer o que?"
Deus:
"Fazer o que? O que todos fazem! Espernear. Gritar. Esbravejar..."
Ele:
"Adianta?"
Deus:
"Não, não deve adiantar."
Ele:
"Então..."
Deus:
"Mas você é "apenas" um homem! Deve espernear, gritar, esbravejar!"
Ele:
"É... mas tô com um pouco de preguiça. Já que parece que não vai adiantar."
Deus:
"Mas o que é isso? Um budista, agora?"
Ele:
"Não, nem sei bem o que é ser um budista. Mas se é o jeito do budista, e o Senhor quiser chamar assim, vá lá. Sou budista. Mas sem deixar de acreditar nos desígnios do Senhor!"
Deus:
"Essa é muito boa. Um cristão budista! Tá difícil entender essa gente de hoje! Noutro dia vi um dos meus construir a casa virada pra Meca... Va bene!"
Ele:
"E quando vai ser, senhor?"
Deus:
"O que?"
Ele:
"Essa história do raio"
Deus:
"Que his...? Ah, sim, do raio! Ah, deixais pra lá!"
Ele:
"Não haverá mais raio?"
Deus:
"Nããã, que eu também não vou ficar fazendo raio pra gente que não dá valor! Sabe a quantas anda a conta da luz?"
Ele:
"Tá bom!"
Deus:
"Tá bom? Tá bom? Arrrr! Thor, venha cá meu filho! Tá quanto a bandeirada vermelha esse mês?"
Moral da história:
Aceite as coisas como elas vêm. Mas também não abuse!...
(isso é uma postagem com cara de férias do autor...)