O pânico do inverno tem letras já bem conhecidas: H e N, dos vírus da gripe...
Acontece que esse ano, no hemisfério norte, ele veio com muita força - muito mais que em todos os anos da década passada, quando muito se anunciou e relativamente pouco aconteceu.
Se vai vir com essa força toda para os lados de cá ninguém ainda sabe, mas é bem provável.
Você então vai usar a estratégia que está sendo usada no caso da febre amarela e já vai começar a fazer fila pela vacina da gripe?
Menos!
Bem menos!
Algumas vezes já dissemos por aqui que a vacina da gripe (apesar de muito "propagada") é uma vacina, digamos, mixuruca!
Novos estudos desse ano - e editorial do New England Journal of Medicine - (re) explicam os motivos desse insucesso.
Resumindo novamente a questão, tem a ver com os tipos de vírus circulantes, que costumam "escapar feio" do momento em que são detectados em cada nova epidemia até a confecção e distribuição das vacinas pelo mundo. São muito mutantes, e justamente nas regiões pelas quais nossos anticorpos os identificam e os combatem (sua proteína de superfície, a chamada hemaglutinina, que dá nome à primeira letra dos "HN"s).
A pergunta que sempre vem é:
"Então não me vacino?"
Vacine! Mas continue, de resto, se cuidando (principalmente com áreas de maior aglomeração).