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3 de novembro de 2017

Cinzas


O assunto é sério, mas às vezes não resisto em perder um pouco da razão.
Conselho Federal de Medicina revê índices de massa corpórea para a chamada cirurgia bariátrica. 

(para ser cantado com qualquer ritmo baiano):

Vai abrindo a cinturinha 
Vai entrando na faquinha 

Alô, alô, cirurgião
Chama lá o anestesista
Viver sem pastel e pão
Não há gordo que resista

Hipertenso, barriguinha
Diabete e bundudinha
Vamos todos para a mesa
Não esquece a sobremesa

Veja a nova solução 
Saca só meu intestino
Deixa lá meu coração
Ele ainda é de menino

Vamos todos para a mesa
Para a mesa, cirurgia 
Venha cá cirurgião
Era isso que eu queria!

...

E por aí vai. É esse mais ou menos o clima (carnavalesco) que vamos vendo com tentativas de solução (?) do problema dos obesos, sejam eles verdadeiramente mórbidos - para os quais pode haver mesmo pouca solução - ou para os "gordos da balada", os "gordos da preguiça", os "gordos do Ai, dieta?" e outros (muitas vezes não tão gordos assim). 

Resolve na faca. Até se perceber que aí, mutilado, a festa verdadeiramente acabou. Sem volta. E ainda gordo (nem sempre). E ainda sem força de vontade. E ainda amando uma lasanha, mas já sem poder comer. Qual a próxima "solução"?