Não sei se sou eu o pessimista ou eles os otimistas (provavelmente os dois).
Mas nessa conversa toda de se jogar as aposentadorias "mais para a frente" o governo só leva em consideração uma hipótese: a de que estamos vivendo cada vez mais e (aí o perigo!) iremos sempre viver cada vez mais!
Será?
Quem disse?
Muita gente diz. Sempre com o argumento do avanço da ciência, notadamente da ciência médica.
Mas... Será isso mesmo necessariamente verdade?
Tem muita gente boa começando a achar que talvez não, não iremos viver tanto assim. Ou, pelo menos, não viveremos bem (para estarmos com capacidade para trabalhar, que é o que em última análise importa para a Previdência) durante tanto tempo. E precisaremos, sim, de auxílio governamental para conseguirmos nos manter "minimamente vivos".
Alimentação pouco saudável, poluição, stress, competição por trabalho cada vez mais exíguo, sedentarismo, lares desfeitos, alterações climáticas graves são alguns dos argumentos convincentes para que não consigamos viver tanto quanto as previsões otimistas profetizam.
E aí, cabe a pergunta técnica: se vivermos menos (digamos com uma expectativa de vida de 60 anos) vamos "voltar para trás" na idade de concessão de benefícios?
Perguntar, às vezes, não ofende...