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21 de outubro de 2016

O Meu Primeiro


Não estou aqui pra defender governo, longe disso.
Mas as "compras" na área da saúde há muito tempo não poderiam serem mais feitas na base do "Quanto custa? Dá!". Ninguém, exceto alguns milionários, compram no sistema "Quanto custa? Dá!"! E é isso que se pede dos governos de países pobres como o nosso (pobres em relação às milhões de necessidades)!
Toda compra responsável se faz contando o dinheirinho da palma da mão e vendo se dá, mesmo quando é algo que necessitamos muito. E aí é que está: quase todos são unânimes em concordar que a saúde é algo que se necessita muito. Mas ainda assim é preciso que as moedinhas cubram o valor cobrado, ou...
Ou se racionaliza na compra do que é possível. 
E nos governos brasileiros, até hoje, isso não tem sido (ou não tem sido adequadamente) feito. 
O dinheiro usado na compra do medicamento caríssimo contra o câncer de um faz faltar a penicilina barata no tratamento da sífilis de outro. A ressonância magnética das comuns dores de cabeça fazem o dinheiro do exame da tuberculose faltar. É o que tem acontecido. E para tratar a todos com tudo o que se necessita, nunca mais vai dar! Então como é que faz?
Primeiro, conta-se a verdade. Isso tem o mesmo nome em todos os países: educa-se! Por dolorido e antipático que seja. A medicina de hoje conta com procedimentos e tratamentos caros (e nem sempre tão eficientes) como nunca houve. O problema é que não cabe mais no bolso! É preciso dizer isso abertamente. O que os governos fazem (ainda, por questões essencialmente eleitorais) é o mesmo que os planos de saúde fazem: cobriremos tudo (sabendo que não dá)! Os planos de saúde individuais sumiram do mercado por isso. Quebraram. O SUS não pode "sair do mercado". Mas precisa ser gerido antes do caos.
A mídia também, precisa deixar de ser apenas simpática com o povo. Tem que explicar, e não balançar a cabeça ao mostrar as filas nos postos de saúde.

O povo brasileiro pegou muito dinheiro emprestado nos últimos anos, até perceber que a devolução é muito mais cara, que é dificílimo pagar. Assim vai sendo na área da saúde. "As contas não fecham" é discurso de gente responsável, por desesperador que seja. Não para não comprar. Para comprar pra todos, somente na medida do possível.


(Que? Tava de férias!.. Não posso?)