Em tempos de vacas gordas em termos de saúde infantil, uma das preocupações mais frequentes são as olheiras das crianças.
Preocupação válida porque:
Num passado mais ou menos recente, olheira costumava significar coisa muito séria, de desnutrição a tuberculose, de anemia carencial (por deficiência de ferro) a desidratação. Claro, quase sempre associada a outros sintomas (e sintomas sérios!).
Muitas dessas doenças diminuíram significativamente em frequência, algumas quase sumiram. É impressionante como em boa parte do nosso país, no espaço de uma década, a desidratação, por exemplo, virou problema tão raro que vira atração no hospital onde ela aparece (o mesmo vale para a desnutrição).
Ainda há criança que desenvolve olheira como parte de alguma doença - como o tão temido câncer, por exemplo.
Mas é muito (mas muito) mais comum a olheira "que já estava lá" (olheira constitucional, ou seja, como característica física da própria criança) ser notada pelos pais a partir de alguma doença banal (como uma gripe leve) ou quando a criança por algum motivo está comendo menos, por exemplo.