O ex-jogador, senador e "filósofo" Romário cunhou a frase para criticar Pelé. Disse que ele "calado" era "um poeta", mas acho que a frase vai devagar se ajustando ao "nosso" Papa argentino, que na semana passada afirmou que esse negócio de oferecer a outra face é balela: porrada em quem xingasse sua mamãe (na comparação com os insultuosos desenhos do Charlie Hebdo)!
Nesta semana (se você já não ficou de boca aberta, prepare-se para ficar) falou que "embora um filho seja uma verdadeira benção, as pessoas não deveriam continuar se reproduzindo como coelhos"!
Fecha a bíblia!
Gosto de gente (e só lembrando: Papa também é gente, gente!) que fala as coisas "na lata" (até porque também tenho esse grave defeito). Apenas acho que o "representante de Deus na Terra" (mais conhecido pelo diminutivo "papa", com maiúscula) deveria mandar suas opiniões por um porta-voz, um testa de ferro (para depois negá-las, quando percebesse a passada do ponto). Ou seja, que fosse mais falso, como os santos
papas Papas anteriores.
A sinceridade, no entanto, não foi aqui o maior problema. Foi a nada nova (mesmo com um
papa Papa "moderninho") hipocrisia da igreja, que não quer muita gente pra dividir o bolo da Terra, mas não esclarece os meios para se atingir esse almejado objetivo.
"Contracepção?
Naaaa! Não sou tão moderninho assim!" (parece que ouvi dizê-lo, mas deve ter sido somente algum zumbido).
"Conhecimento? Senso crítico? Questionamento? Contestação? Mas aí também vocês querem me derrubar! Eu, que recém subi!" (outro zumbido, esse meu ouvido...)
Fica , então, muito complicado conciliar a "diversão do pobre" (a grande massa que compõe qualquer religião) com o índice de natalidade do urso panda, pela lógica católica assexuada.
(Se virem Francisco me avisem, que já vou me esquivando...)