Muita atenção tem sido dada nos últimos anos aos telômeros.
Telômeros são as extremidades dos nossos cromossomos que vão se desgastando a cada divisão das células, até que parem de funcionar - que é quando a célula morre (e seus donos vão embora junto, credo!).
(A comparação mais apropriada é com a ponta dos cadarços. Depois que aquela parte afilada estraga, fica difícil conseguir inserir o cadarço nos sapatos).
No início, se achava que era só a idade que desgastava os telômeros.
Mas estudos como o desta semana na revista Nature estão mostrando que situações crônicas de stress (como as vivenciadas por crianças em orfanatos, por exemplo) também os encurtam. Com a provável consequência de fazê-las envelhecer (ou mesmo adoecer) mais cedo que as demais.
É o estrago causado ao organismo por fatores externos demonstrado ao nível molecular.
E, ainda que um tanto assustador, só corrobora o que vemos nas diferenças sociais desde que o mundo é mundo.