Um estudo de compilação de casos deste mês confirma o que víamos em tempos de vacas mais magras na nossa região:
Crianças com más condições sociais, ao serem tratadas com antibióticos - seja por que motivo for - ganham mais peso e inclusive crescem mais.
Resultado provável do tratamento de infecções mais ou menos visíveis (muitas vezes infecções que o próprio estudo chama de subclínicas, aquelas que não se mostram de forma declarada nos sinais e sintomas).
É a polêmica estratégia usada na indústria pecuária: dá-se antibióticos para o rebanho para se garantir que as pequenas ou grandes infecções não interfiram com um rápido crescimento - e ulterior abate.
Tudo muito bonito se a natureza não cobrasse a conta.
Na forma de germes resistentes (individualmente e na comunidade).
Nas alterações metabólicas que uma alteração de flora bacteriana engendra (de forma muitas vezes definitiva).
Na qualidade desse ganho de peso (que numa ave pode apenas significar uma coxa mais tenra aos nossos dentes).
Nas consequências de longo prazo que estudos como esse não conseguem prever (câncer é um efeito possível/provável...).
O triplo C sempre funciona melhor: comida, carinho e condições sanitárias, para um crescimento adequado.