O verbo "beber" como conhecemos vale para quem estica o dedo pro garçom e pede: salta duas 0,0% estupidamente geladas?
Saímos pra beber e voltamos com álcool zero na cuca está fora de questão para a grande maioria, não importa o quanto a qualidade da cerveja melhore.
E não adiantam propagandas de que você (homem) vai "impressionar as mulheres", mané! Tá escrito zero vírgula zero ali, mesmo que pequenininho (se você, homem, ainda pensa que pode enganar uma mulher com um pequeno detalhe na garrafa não sabe que as mulheres detectam a 500 metros de distância um falso Rolex ou um jacaré de mentira pregado numa camisa de 50 paus...). Principalmente se "as mulheres" que você queira impressionar sejam no padrão Sabrina Sato. Sem bafo, sem Sabrina.
Claro que as indústrias tiveram que se armar para enfrentar leis mais rigorosas.
Mantêm os lucros, mantêm as marcas circulando pelas mesas, criam propagandas de cunho benévolo pros pobres forçados abstêmios que terão que retornar às casas dirigindo e, de quebra (por que não?), criam novo público fiel, as criancinhas!
Por que alguém duvida que muitos dos pais que se sentiam culpados enchendo a cara na frente dos filhos não vão agora dividir sua culpa permitindo que "uma vez ou outra" seus filhos pequenos também experimentem o mesmo prazer (afinal, é sem álcool, que mal pode fazer?).
Os falsos cigarros de chocolate (pra quem é mais novo, existiram, sim!) sumiram pelo receio da arregimentação de novos viciados no tabaco.
Mas eram outros tempos.