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9 de julho de 2013

Flor Bonita em Vaso Feio



Vez ou outra pediatras atendem crianças saudáveis (ou pouco doentes) que - para quem ouve suas histórias - parecem absolutamente doentes.
Em muitos desses casos a saúde está inserida num "ambiente doente".
E aí pais (mas podem ser avós, tios e tias, madrinhas) não sossegam.
Procuram problemas. E, claro, quem continua procurando, continua achando.
Quando o pediatra - ou quem quer que seja - tenta minimamente abrir os olhos da família para a situação, passa por vilão. Sugerir terapia, então, é pedir pra levar porrada!
Não. 
Mais fácil é pegar a "vitiminha" (a criança) e levar pra mais um médico, um especialista nisso ou naquilo, que proporá (e se não propuser, propomos nós) mais exames, mais tratamentos (caros, de preferência). 
Mal dos tempos modernos, em que tratamentos, exames, informações (mas mais desinformações), especialidades e subespecialidades abundam.
Por outro lado, abundam (como sempre aconteceu, só não se desembocava na área médica) neuroses, ansiedades, rejeições, relações de dependência patológica, conflitos parentais, etc.
O que nos faz pensar: no passado, adultos doentes, por conta das questões acima. Hoje, já se paga o pato na tenra infância.