Fazendo nosso enorme esforço de ir voltando à "normalidade", hoje não falarei do "bichinho 2000", aquele que não tem saído mais das nossas cabeças:
Falarei, no entanto, de um assunto até algo relacionado: a enorme importância do período perinatal no desenvolvimento da saúde (especialmente da saúde metabólica e imunitária) da criança (significa: do futuro adulto).
Toda a somatória de conhecimentos atuais tem levado a hipotetizar sobre um período que vai dos últimos 6 meses da gravidez somado aos 9 meses da própria mais o período de 6 meses pós-natal como o período-chave para o desenvolvimento da microbiota do recém-nascido (microbiota é a somatória dos germes que o bebê possuirá mais os frutos do metabolismo desses germes associados ao metabolismo do próprio bebê).
Essa conta dos 6 + 9 + 6 dá, então o resultado em saúde do rebento. Mães que chegam com problemas metabólicos (e sua flora associada) à gravidez transmitem involuntariamente parte dos seus próprios problemas ao futuro adulto. Da mesma forma, alimentos incorretos (leite de fórmula é, de uma certa maneira, um alimento "incorreto"; Danoninho, então, nem se fala!) nos primeiros meses de vida programam a criança para uma vida menos saudável no futuro.
Futuras mães devem estar atentas a esses quase 2 anos de uma maior vulnerabilidade no que diz respeito à programação genética, metabólica e imunitária dos seus filhos.