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14 de junho de 2019

Muitos G



A gente tende a assumir que "quanto mais recurso tecnológico", melhor o aprendizado.
Claro que em parte é verdade. Não fosse, não pensaríamos que é. Um ábaco e um astrolábio ainda são instrumentos muito interessantes, até pra que a gente não fique "se achando" de imaginar que a tecnologia existe é de Bill Gates pra cá. Mas vai-se mais longe com a calculadora e o telescópio.
Mas aí mesmo é que está: quem como aluno "pega tudo pronto" tende a ser extremamente superficial, justamente porque a tecnologia facilita. E se facilita, o cérebro diz "obrigado", e relaxa.
Mal comparando, veja as performances na direção de quem "ainda usou marcha" contra quem "já nasceu no automático". Ou no lidar com o computador, na geração DOS (ai!), por exemplo, contra a turma nascida com aplicativo. As diferenças se mostram principalmente no entendimento de "como se chegou lá", gerando a tal superficialidade no conhecimento, a falta do espírito crítico, o comandado teclando o comando, a ausência de criatividade, de imaginação, do pensar "além da máquina".

É por isso que em alguns bons centros, o pensamento é na "volta pra trás". Volta o livro, volta a lousa, volta o giz (sendo que muita gente nem foi! - que mundo desigual!...). Esnobe-se o notebook, o virtual, a quarta dimensão. Tudo isso, com cara de superior!