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28 de fevereiro de 2012

Auto-Pesquisata

Condutas médicas são ditadas há algum tempo (décadas) por pesquisas.
Como em tudo na vida, há boas e más pesquisas.
Abundam pesquisas ditadas quase que exclusivamente por interesses financeiros.
Daí a compreensão de muitos de nós nos tornarmos “pesquisadores de nós mesmos”.
Tal ou qual remedinho milagroso. Dietas baseadas no corte disso ou no consumo exagerado daquilo. Evitar aquilo outro, mas não deixar de praticar algo fundamental di-a-ria-men-te.
Vamos criando normas aprendidas, inventadas, exageradamente aumentadas ou só um pouquinho diminuídas na esperança de que seja(m) essa(s) a(s) chave(s) para a cura ou a prevenção de todos os males que nos espreitam.
Ninguém disse que é a conduta certa, mas...
Qual a pesquisa que comprovou isso mesmo?

Gênio

Olha, não é falar, mas...
Eu acho Michel Teló gênio!
Senão como explicar:
Comiseração: “ai!”
Sutileza: “se eu te pego...” (ele não fala o que fará,
percebe?)
Preocupação com a saúde: “assim você me mata!”
Religiosidade: “Nossa, nossa” (Nossa Senhora, gente!)
Superação: “Tomei coragem...”
Milagre religioso: “...e comecei a falar!”
Tudo isso numa música só!
Delícia! (degustação...)

24 de fevereiro de 2012

Cabecinha a Cabecinha

Competitivo o mundo sempre foi.
Mas de onde estamos pegando essa mania de competir no desenvolvimento das crianças?
“Como posso estimular meu filho?” – é uma pergunta que de vez em quando ouvimos dos pais bem-intencionados.
Mas, pensa bem: as crianças estão precisando de mais ou menos estímulos?
Me inclino muito mais para a segunda opção.
E são os pais, na sua fúria competitiva, e não os pediatras ou tabelas de desenvolvimento que estão jogando cada vez mais para baixo os prazos para as crianças adquirirem habilidades, seus marcos de uma evolução considerada “normal”.
Sentar sem apoio, andar, sair das fraldas, falar e até usar computador. Quais são as idades “certas”?
Na maioria das vezes é quando seu filho (e não você ou qualquer tabela) quiser!
É com intuito preventivo, é para saber se há algo que cedo possa ser remediado? Bom!
Mas, sinceramente, não tem parecido que é.
Tá mais pra “o meu já faz isso, o teu já”? E esse tipo de coisa não leva a nada.
Pensa numa criança com síndrome de Down:
Talvez na maioria dessas coisas, ela vá perder.
Mas talvez no quesito “abraço mais carinhosamente apertado” ela seja imbatível.
E daí, vai encarar?

21 de fevereiro de 2012

Skindolelê

Nestas festas em que tudo pára, tenho pensado em nada escrever.
Não adianta, penso eu, nessas horas é só Ivete Sangalo que se faz ouvir.
Mas - espera!
Tem você aí.
E tem eu aqui, numa animação pra boi dormir (não fui sempre assim, tanto que sei "Bandeira Branca" de cor!).
Mas é que tenho mesmo achado de mau gosto falar de saúde (ou, pior, de doença) em datas como o Carnaval.
E tenho achado você com um ar assim, meio doentio, de me visitar numa data momesca.
Então levanta o traseiro.
Vai pular.
Vai andar na praia.
Ou, se nada disso te apetece ou anima, vai dar uma volta ali na praça.
Mas (falar em volta) sexta-feira que vem volta, tá?

17 de fevereiro de 2012

Plim!

Sabe do que eu tenho medo?
De estar no meio duma daquelas fazendas de filme americano, do tipo com apenas um galpão no meio do nada – do nada não, de um milharal infinito até onde a vista alcança – e perceber, lá do horizonte, pesadas nuvens negras avançando na minha direção, transformando o dia em noite em questão de minutos.
Nenhum lugar pra fugir, onde se esconder. O galpão poderia ser uma opção, mas está há quilômetros de distância.
É um medo absurdo?
Mas é mais ou menos o mesmo medo que algumas pessoas nutrem por doenças.
Diabete na infância? Pneumonias? Câncer?
Existem. Como existem pessoas colhidas por um temporal no meio do nada.
Mas não justificam a neura. Não justificam a quase procura de alguns por esse tipo de problema.
Dias nublados abundam. Tempestades existem. Mas tsunamis rendem notícias por meses e não acontecem a toda hora.

14 de fevereiro de 2012

Pico da Moçada

Dá uma confusão danada essa história do crescimento da moça na puberdade.
A pergunta que mais ouvimos é:
“Vai crescer pouco depois da menstruação, né?”
É meio complicadinho, tem que pensar um pouco (se está com sono, durma e volte depois), mas vâmo lá:

Antes da puberdade, a menina cresce em média 5 cm por ano.
Ao iniciar a puberdade, a partir da primeira menstruação (menarca), em média, são 7 cm a mais até o final do crescimento.
Os limites desse crescimento situam-se entre 3 a 14 cm e é maior quanto mais cedo se inicia (e não o contrário, como se costuma imaginar).
Mas, espera:
“Quando a menstruação inicia mais cedo, não vai ficar mais baixinha? Então não é mesmo o contrário?”
Não.
Peguemos o exemplo de duas moças: uma que menstruou com 10 anos, outra que menstruou aos 14 anos.
A que menstruou aos 10 anos vai crescer mais nesse pico de crescimento, até parar de crescer (digamos, 12 cm no total).
A que menstruou depois, com 14 anos, cresceu menos no pico (digamos, 6 cm apenas), mas até chegar ao pico de crescimento teve cerca de 4 anos de crescimento lento e contínuo (de 5 cm/ano), fato que não ocorreu com a outra moça (que, então, ficou mais baixa).
Claro que tudo isso é regulado pela herança de cada uma.
Falei que era meio complicado...

10 de fevereiro de 2012

Barulhos do Motor

Exceto no caso de médicos e enfermeiros, não há de se querer que pais venham de estetoscópio no pescoço descrevendo com precisão que tipo de barulho vêm percebendo nos peitos dos seus filhos.
Mas é interessante o quanto se confundem com dois tipos de “barulhos” mais comuns: roncos vs. “chio no peito”.
Inicialmente, os roncos são muito mais comuns – e na maioria das vezes mais benignos (exceto quando fazem parte da chamada apnéia obstrutiva, provocada por adenóides demasiadamente grandes).
Roncos sinalizam presença de catarro em vias aéreas, seja na cavidade nasal (resfriados, gripes, rinites alérgicas) ou em traquéia e brônquios. Sem outros sintomas importantes (tosse incômoda, febre ou esforço respiratório), nada demais.
Já o “chio” verdadeiro significa obstrução de maior ou menor monta nos brônquios (bronquite tipo asmática ou asma). Costuma ser mais sério do que o ronco.
Como diferenciar (como saber se é preciso ir ao médico, no caso do chio, especialmente)?
Chio pode ser percebido de forma curiosa como:
◊ um “gatinho” dentro do peito
◊ outra espécie de animal: “pombinhos”!
Ou, mais simplesmente:
◊ assovio

Áudio aqui (perceba como os “chios” – também chamados de sibilâncias – passam uma impressão maior de sofrimento, da falta de ar)

* Falando em motor, poderíamos comparar o chio a uma Ferrari (fórmula 1, um ruído mais agudo ainda que em rotação mais baixa) e o ronco ao velho fusquinha, um barulho menos nobre, mais grosseiro.

7 de fevereiro de 2012

PeDealer

Pediatra atende o telefone em seu consultório:
- Doutor, o senhor mexe com Ritalina?
- Como?
- Ritalina, doutor. O senhor trabalha com Ritalina?
- Como assim?
- Ritalina, aquele remé...
- Eu sei o que é Ritalina! Mas...
- É, quem me falou foi a minha vizinha. Não foi o senhor que receitou pra filha da irmã dela?
- Não sei, eu...
- Ué, como não sabe? Então não foi o senhor?
- Pode ser, mas... Quem é que tá falando?
- Eu nunca consultei com o senhor. Quer dizer, até hoje não. Mas agora que eu sei que o senhor tá receitando...
- Minha senhora, só um pouquinho! Pra quem é que a senhora está querendo...
- Ah, doutor, aí o senhor já tá querendo saber demais. Primeiro eu preciso saber. Mexe ou não mexe?
- Mex... Minha senhora, eu não sou traficante pra mexer com coisa nenhuma!
- Ah, então tá. Pena, né? Deixa...
- Espera! É seu filho, ou filha, que está com problemas escolares?
- Como é que o senhor sabe? O senhor tem informante na escola dele, é?
- Não, é que...
- Mas, me diz uma coisa... E com atestado, o senhor mexe?

3 de fevereiro de 2012

Rasgação

O que há de tão engraçado numa rasgada de papel?
Pergunte ao bebezinho do comercial do Itaú.
Tudo num bebê é novo.
E tudo pode ser muito engraçado. Ou muito triste. Ou muito assustador.
Tudo costuma ser muito.
Por isso se diz que bebês são “meio bipolares” (os bebês apareceram muito antes do conceito de bipolaridade, graças a Deus): num momento estão com sorriso aberto, no momento seguinte estão chorando, pelos motivos mais banais, como uma rasgação de papel.
E quanto mais nova a figurinha, mais instabilidade emocional, menos freio no riso, menos controle do choro, mais difícil saber o que os aflige ou contenta.
Espere...
Estou ouvindo aquela palavrinha... Cólica?
Da próxima vez que seu bebê estiver numa crise de choro, experimente rasgar um extrato de conta bancária para ele. Talvez pare de chorar.
Só não diga que ele está num comercial do Itaú. (Eu choraria!)