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29 de abril de 2011

Do Cocô ao Câncer, Num Minuto



Perguntei ao Romualdo Oliveira, legítimo representante da classe média brasileira, pra que serve o intestino.
-Pra fazê cocô, ora!
E que é o cocô?
- ??
Resíduo alimentar, resto do que comemos, e que o intestino, órgão altamente especializado na separação do que é bom e o que é ruim – muito mais eficiente que nossa capacidade de reciclagem de lixo, por exemplo – nos impede de absorver.
Até aí morreu o Neves, né? - arremata o Romualdo.
OK.
Mas não pára por aí, a função do intestino.
Outra função, desprezada pela galera, é a função imunológica. É no intestino que se dá a maior parte do contato entre agentes agressores (vírus, bactérias, fungos) deglutidos com a comida e com nossas secreções respiratórias (nosso catarrinho grande ou pequeno, imperceptível, engolidos a cada minuto do dia a dia) com as células de defesa que o forram, construindo-se paulatinamente um banco de dados orgânico do que é “germe do bem” (aqueles que devemos tolerar, pelo treinamento das nossas defesas) e o que é “germe do mal” (aqueles que não têm desculpa, é pau neles, mesmo!).
-E por que me dizes tudo isto, ó pá? (Ih, tô achando que esse Romualdo é português disfarçado!).
Pra enfatizar, Romualdo, a necessidade que temos de encarar comida (a parte do que botamos pra dentro do intestino que podemos controlar) também como uma espécie de “remédio” (sem grandes obsessões, claro), e não como um mal-tratado “depositório” de bugigangas que venham no longo prazo a danificar todo esse delicado processo seletivo construído em milênios de evolução!
(E aí é que está: há apenas “poucos segundos” da nossa escala evolutiva – comparativamente falando - é que estamos querendo ensinar na marra nossos pobres intestininhos a lidar com tanto carboidrato processado, tanta fritura, tão pouco nutriente de verdade. Não é à toa vermos tanto câncer de aparelho digestivo, tanta doença metabólica!).
Mas aí, a esta altura infelizmente, Romualdo já estava meio que nos braços do Orfeu...

26 de abril de 2011

A Agulha e o Cigarro



Quando mães conscienciosas querem saber sobre a prevenção da meningite meningocócica com a vacina, temos que ser suficientemente honestos sobre o pouco efeito global na diminuição do risco com a vacina atualmente disponível.
Entretanto, se algumas dessas mães calham de ser fumantes, outro grande conselho é o de que evitem de fumar nos ambientes que seus filhos freqüentam, pois já está suficientemente provado que certas bactérias agressivas – como é o caso do meningococo – “grudam” mais facilmente na mucosa (revestimento interno) das vias aéreas dos fumantes passivos.
Curiosamente, aí a coisa pega!
Uma agulhada no bumbum do bebê é uma coisa.
Largar o vício (ou se privar dele no ambiente domiciliar) pode ser outra totalmente diferente!


22 de abril de 2011

Coelhinho da Farmácia, Que Trazes Pra Mim?



Uma coisa que me deixa emprostitutecido (termo politicamente correto) é essa coisa de transformar estabelecimentos comerciais originariamente destinados a outra coisa em supermercados ou em shoppings center.
Dia desses, ao tentar adentrar numa farmácia, dei de testa (pela minha altura relativamente avantajada) com um caramanchão de ovos de páscoa!
Pensei em voltar pra entrada e confirmar se não tinha me enganado: Lojas Americanas? Não. No fim do túnel de chocolate havia realmente (após a sessão de xampus, de biscoitos, de pilhas alcalinas, de escovas de dente e de cabelo, de mamadeiras, etc.) remédios!
Salutar...
Foi assim no passado, porque farmácias tinham muito pouca coisa de realmente terapêutico para oferecer.
Sorvetes, sodas, camisinhas talvez fizessem mais efeito.
Hoje ainda, uma boa porcentagem do que se oferece é inócuo ou desnecessariamente perigoso.
Por isso, na dúvida, leve mesmo um coelho.



19 de abril de 2011

Vai Papar!


Tem muita mãe que imagina que ao desmamar seus filhos (do 6º. mês pra frente) precisam compensar o volume de leite materno anteriormente dado pelo mesmo volume de leite de vaca.

Engano!

Nem o bezerro que tem à sua disposição uma maior fonte lactífera (a própria fonte roubada pelo “bezerro desmamado” humano) fica mamando eternamente! A partir de certo momento, as mamães vacas mandam seus filhotes irem pastar (literalmente!), não sem alguma dor no coração, claro.

O ser humano é onívoro, o que significa que deve comer de tudo um tanto, cedo na vida (atenção: cedo é 6º. mês, e não 4º. mês, como querem inimigos da saúde infantil e amigos da indústria alimentícia de “bobagens”!).

Falando em bobagens, ser onívoro não significa comê-las. Quem come qualquer coisa é avestruz...


(A principal preocupação – muito válida, aliás - das mães é sobre a fonte de cálcio que precisaria ser substituída no desmame. Existe muito alimento rico em cálcio, algumas fontes insuspeitadas, como o brócolis, por exemplo. Além disso, crianças pouco afeitas ao leite de vaca poderão ter derivados lácteos como iogurtes – não Danosinho! – e queijo na dieta)


15 de abril de 2011

Pelos Pelos


Uma diferença interessante entre o crescimento dos homens e das mulheres é o seguinte:

Grosso modo, muito grosso modo mesmo (para que se entenda melhor):

A mulher cresce, e então “fica peluda”.

O homem “fica peludo” e daí cresce.

(Com a expressão “ficar peludo” quis resumir o aparecimento dos caracteres sexuais secundários – além, claro, do desenvolvimento mamário na moça, da alteração da voz no rapaz, etc.).

Por que a diferença?

Na moça o aumento do hormônio feminino estradiol já faz crescer. A partir daí aparece o hormônio IGF-1, responsável pelo restante do crescimento.

No rapaz o aumento da testosterona quase não faz crescer, mas faz ficar com “cara de homem”. Só a partir daí é que a testosterona induz a um aumento do IGF-1, que faz crescer.


12 de abril de 2011

O Desmotivador


Uma das coisas que a gente mais vê quando se trata de fazer atividade física é a desculpa esfarrapada.

(Alguém já gritou: “Ei, não chame minhas desculpas de esfarrapadas!”)

É um tal de: “Não tinha gente suficiente”, “Vai chover”, “Choveu anteontem, achei que o gramado ainda estava molhado”, “O pneu da bicicleta tá vazio” (Vazio! Não é nem furado!), “Minha chuteira tá estragada” e por aí vai.

Uma das mais citadas é de algo que dói ou que ainda não está bom (joelho, músculo da coxa, punho...).

Pera lá! Ainda bem que temos membros superiores e inferiores! Quando uma coisa encrenca em cima, ainda sobram os membros de baixo e vice-versa! E outra: há atividades possíveis com músculos doídos, joelhos que incham, panturrilhas que doem.

Mas não: qualquer coisinha é motivo pra ficar parado, deprimido (sim, porque ninguém dá essas desculpas com cara de felicidade, já perceberam?), enchendo a pança de bobagens deitado no sofá.

Eu já tentei dizer pros meus adipócitos (células gordurosas) pra não inflarem porque hoje está chovendo ou porque não deu quórum. Não escutaram.

Já tentei argumentar com meu pâncreas preguiçoso que estamos em fase de festas de fim de ano. Nem tchum!

Só fazem estufarem – e me estufar junto - esses preguiçosos!


8 de abril de 2011

Explosivo


Há cerca de dois anos, escrevi um texto a ser postado que na época me pareceu um pouco “excessivo” ou meio “fora de propósito” para nós, brasileiros. Guardei-o. Hoje, já não o acho tão fora do contexto assim:

Tente imaginar a seguinte situação: Você, um pré-adolescente, cheio de inseguranças – como é próprio da idade – apresenta dificuldades no controle intestinal. Sempre cuidou muito para que a situação passasse despercebida dos seus colegas de escola, alguns deles bem maiores que você.

Sua mãe, superprotetora, sempre fez de tudo para tratá-lo, o que – sem que ela soubesse – pode ter se transformado na própria “raiz” do seu problema.

Num determinado dia, você senta num auditório cheio de colegas – muitos dos quais o acham meio “estranho” – para uma palestra. Como sempre, precisa sair duas ou três vezes para ir ao banheiro, temendo muito ser notado por isso.

Novamente sentado no seu lugar, é solicitado a dar uma opinião pelo palestrante. Fala o que parece ter sido uma bobagem. Nisso, um dos grandalhões do “fundão” retruca em alto e bom som: “Cala a boca aí, ô bunda solta!”

A maioria dos seus colegas, meninos e meninas, se mata de rir. Até o palestrante parece estar segurando uma risada. Acrescente a isso a imaturidade, a testosterona (hormônio que “cega”, que dificulta a análise e a atitude frias por parte do agredido).

Some o pequeno vínculo com amigos, que serviriam de suporte. Adicione o convívio cultural fácil com armas de fogo.

E, como última pitada, um entorno social machista, do tipo que “não tolera ofensas”.

A história parece muito pouco provável?

Mas é um bom retrato do que acontece na sociedade americana, onde assassinatos em massa têm sido uma nefasta moda nas escolas.

No Brasil, nos faltam alguns elementos (o endeusamento cultural das armas, por exemplo). Além disso, aqui somos mais “relaxados”, costumamos saber rir mais de nós mesmos, característica fundamental.

Outro atenuante é o de “resolver depois da aula”, que por paradoxal que seja muitas vezes resolve mesmo, não deixa que a bola de neve cresça, até fortalece algumas amizades.

Mas... nunca se sabe. Gostamos de copiar. Adotamos “High School Musicals” cegamente. Tomara que paremos por aí.


5 de abril de 2011

Seis Algarismos

Sei que a vanglória é errada.

(Só não sei o porquê – auto-preservação contra a inveja e o ódio alheios, provavelmente). Mas hoje estou aqui para me vangloriar (um pouco...).

Como você pode checar aqui embaixo, o Olho Pimpolho (já é uma entidade, veja) completa mais de 100.000 acessos (cliques)!

É – como diria algum antigo locutor esportivo – um “Maracanã de audiência” (dos tempos do Maracanã politicamente incorreto, com público de pé, abarrotando e dando graça à galera)!

É bem verdade que muitos desses espectadores entraram sem querer no estádio errado. Outros mal entraram, conferiram a pelada, e se mandaram! Outros ainda, por amizade aos jogadores, apareceram algumas vezes para dar uma forcinha.

Detalhe: o ingresso é barato e a duração do jogo já vai pra mais de cinco anos...

Não importa! São cem mil, mané! (Não, não são cem mil manés, trato com respeito a minha turma!).

E estou (não nego) muito satisfeito com o sucesso alcançado.

Sim, porque escrever – num blog ou qualquer coisa que o valha – é mais ou menos como construir um avião com utensílios de cozinha: pode até voar, você dá o melhor de si na construção, mas o mais provável é que a coisa nem decole.

Então, valeu!

Não sei quanto tempo ainda estaremos no ar, mas até aqui a viagem tem sido das mais proveitosas!

Salut!


1 de abril de 2011

Extenso Diálogo






(esse vídeo aí em cima já rodou muito com sucesso pela Internet. Mas ninguém – que eu saiba – teve a pachorra de traduzir a conversa dos gêmeos pimpolhos. Somente um pediatra desocupado e com anos de experiência no vernáculo bebezal poderia trazer pra vocês a tradução precisa e a cores):


- Maluco, o que que você tá fazendo aí na cozinha?


- Nada, mano, você não viu a minha meiinha azulzinha por aí? Au!


- Ei, cara, por acaso não é essa que eu tô usando no pé esquerdo, é?


- Eh, eh!


- Bem que eu senti que tava meio apertada no dedão!


- É pé direito, brô, é esse aqui, ó! Rá!


- Eu sei o que é pé direito, é que nem o pé direito das casas!


- Eh, eh!


- Sabe o que é? A mãe fica aí fazendo filmagem da gente o dia inteiro e não lava nossa meia. Aí tive que improvisar, né?


- Calado, aí, man!


- Eu falo quanto eu quiser!


- Eu não vô mais ouvir você! Só quero saber desse meu pezinho!


- Mas essa nossa mãe, como é que fica?


- Eh, eh!


- Ela ainda tá filmando?


- Fala pra ela apagar essa bos...


- É melhor ela filmar que ganhar tapa na bunda!


- Eh, eh!


- Ei, ela massageia depois...


- Só se na sua! Na minha ela nunca massageou! O que mais que ela fez pra você?


- Eh, eh!


- Torta na cara não, né?


- Só esfregando assim!


-Por isso essa meleca grudenta no chão? E o fedor que nós tâmo sentindo aqui por tudo?


- Não vem com essa que isso é “pum” teu que eu sei!


- Nossa, é mêmo, cumpadi, olha aí até a mãe tá passando mal... Mas, espera, você também não comeu aquela sopinha de feijão?


- Não vem com essa, cara nojento! Olha tua pança.


- Você fala porque você é mais alto!


- Eu não sou mais alto! Eh, eh!


- Claro que é! Você começou do chão e já tá aqui!


- Não vem não! É alongamento, ó! Ó o cara aí, geladeira!


- Acho que você tá com problema maninho, falando com geladeira!


- Eu num tava falando com geladeira!


- Tá, então agora vô falar com o chão, o que é que você acha? Blá, blá, blá!...


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